Pra gente que mora aqui e vê no shopping aquele desfile de bolsas maravilhosas de grife balançando pra lá e pra cá, vê nas vitrines roupas normais e sempre dentro das tendências e quando enxerga aquele pedacinho de olho vê uma maquiagem cuidadosamente elaborada, não é algo que espanta receber a notícia de que marcas que tanto vendem por aqui comecem a olhar pra esse público exigente e vaidoso que são as mulheres árabes.
As abayas (esses vestidões pretos) são super diversificadas aqui: cheias de detalhes, de tecidos simples e preços modestos a pedras Swarovski e que você encontra tanto em lojinhas de rua como em grandes Shoppings. A grife italiana não revolucionou muito nesse aspecto, só é claro no sentido de que deve ser uma das poucas marcas da alta costura que ofertem abayas para a mulherada que usa.
Mas o fato engraçado que me motivou a escrever o post foi o seguinte:
Alguns dias atrás fui com outras brasileiras até o centro da cidade olhar abayas. Você pode torcer o nariz, mas a gente que mora aqui acaba se rendendo e eventualmente quer acrescentar uma abaya nova pra coleção (eu por enquanto tenho 3).
E eu adoro olhar, mesmo que não tenha a intenção de comprar nenhuma, sempre tem alguma que chama a atenção: ou por ser linda ou por ser engraçada. Nesse dia uma abaya em específico me deu um tilt na cabeça. Era pretinha básica, mas toda trabalhada nas palavras Dolce & Gabbana em letras brilhantes. Ri muito no dia porque foi meio absurdo, mas agora a história é real!
Ironias da vida, isso foi antes dessa notícia da coleção. Primeiro que é óbvio que isso é uma falsificação, e aí que está o X da questão: o pessoal que falsifica tá muito mais ligado no mercado que os originais? Creio que sim. Essa é mais uma daquelas histórias em que a cópia superou o original em rapidez, esperteza e cara de pau. hahaha
Se alguém teve coragem de comprar essa agora pode ostentar uma abaya Dolce&Gabbana por um precinho bem doce e dar uma enganadinha nazamiga.
Agora, sobre a coleção original e aquelas flores gigantes, eu prefiro ficar na minha pretinha básica pra bater por aí. Questão de gosto, né?
O mundo sempre vai ser rico e diversificado demais pra gente definir as pessoas em 8 ou 80 apenas pelo que ouvimos falar. A pena é que nem todo mundo tem a oportunidade conhecer antes de julgar.
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